Auto-conhecimento

Leituras #2 - Siddhartha

novembro 27, 2017


Olá!
Depois do último post descobri que ainda tenho algumas pessoas por aqui. Que bom! Vou tentar, aos poucos, voltar ao ativo cá no blogue. Tenho algumas ideias para futuros posts e, se tiverem sugestões deixem nos comentários.

É irónico. Pensei que, após passar os últimos 10 meses a ler um livro, a última coisa que iria fazer era ler. Contudo, ultimamente tenho sentido vontade de aprofundar determinados assuntos como auto-conhecimento e espiritualidade. E este é o livro perfeito para quem quer começar a explorar esse assunto.


Siddharta é um romance escrito por Hermann Hesse, um grande escritor alemão e que venceu o Prémio Nobel de Literatura em 1949. O livro é inspirado na tradição de Siddhartha Gautama, o Buda e debruça-se sobre a busca da espiritualidade, diferentes estados de mente, o nirvana, em 12 capítulos, repletos de lições e diálogos absolutamente fascinantes.
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Este é daqueles livros que uma pessoa tem de estar mentalmente preparada para ler. Por exemplo, já tinha este livro há mais de 6 anos na prateleira e tentei-o ler pelo menos 2 vezes, sem nunca o concluir. Nas últimas semanas de estudo, senti uma vontade súbito de relê-lo (cheguei, inclusivé, a partilhar uma frase que me recordava no instagram), tanto que, assim que fiz o exame, procurei incansavelmente o livro pela casa (juro, ele andava perdido). Li-o numa semana. Tenho a certeza quem já o leu passou por uma experiência semelhante à minha.


Este livro é soberbo. É daqueles que deveria estar na prateleira de todas as casas, para ser lido e relido as vezes que forem necessários (e ele é pequenito!). Não há muitas mais palavras que vos possa escrever, já que a experiência é muito interna e profunda e difícil de transpor em palavras. "Ninguém pode ver nem compreender nos outros o que ele próprio não tiver vivido. (Hermann Hesse)".

Espero que tenham gostado e que vos tenha aguçado a curiosidade para este livro.
Até à próxima
xoxo

Medicina

Ainda está alguém por aí?

novembro 20, 2017


Olá?
Está aí alguém?

Fonte
Eu. Eu estou aqui, de volta, depois de um ano verdadeiramente emocionante a nível pessoal e profissional. E ainda não acabou. Para todos os que dizem que é difícil entrar em Medicina, vou contar-vos um segredo: é ainda mais difícil terminar. São 6 anos de muito trabalho, exames e estágios. No fim, somos médicos. Mas "só" isso não chega. Em Novembro, há o mítico exame Harrison, que é o exame que vai definir o que vamos fazer para o resto da nossa vida profissional. No pressure.
Não fosse isso o suficiente para ser stressante, atualmente não há vagas para a especialidade para todos os recém-médicos. Para terem uma noção de como estão as coisas, este ano fomos cerca de 2600 candidatos a fazer exame e a estimativa de nº de vagas de acesso à especialidade andará à volta das 1800 vagas. Na melhor das hipóteses. E o que acontece aos restantes 800? Pois... Ou repetem o exame até terem uma nota que lhes permita escolher alguma coisa ou emigram ou tornam-se tarefeiros nas urgências (e esqueçam essa história de pagar 20€/hora, porque médico sem especialidade vale muito menos). Portanto, já estão a imaginar o esquema, certo? Entrar no curso dos vossos sonhos (seja em Portugal seja no estrangeiro) e depois cortarem-vos as asas após 6 anos de muitas batalhas é frustrante. E terem que lidar todos os dias com comentários como "os médicos são uns gatunos", "é tudo esquema para entrar poucos" é difícil.
Por isso, a única coisa que uma pessoa pode fazer, é dar o máximo, estudar um livro gigantesco e sabê-lo de trás para a frente, mesmo sabendo que todos os outros estão a fazer a mesma coisa. Portanto, foi isso que fiz. Em Janeiro, tomei a decisão que só voltaria ao blogue depois do exame para poder conseguir concentrar-me ao máximo o meu estudo (acreditem, eu tenho muita dificuldade em conseguir estudar por longos períodos de tempo). Entre Janeiro e Julho, foi necessário conciliar o estudo com estágios hospitalares e aulas de preparação para o exame e o tempo que me sobrava literalmente era para comer e dormir, com a ocasional saída com os amigos (tipo 1 saída por mês). Depois, mudei-me de vez de Braga (toda uma aventura que merecerá um post exclusivo) e voltei para a ilha. Estudar no Verão é horrível. Verem o céu azul, o sol brilhante e o calor e continuar com o mesmo empenho para o estudo é muito difícil, até porque nessa altura o exame parece distante. Mas não. Não está distante e chegando a Setembro, altura em que normalmente voltaria à universidade, começa a crescer aquela ansiedade que ele se está a aproximar. E aumenta-se a carga de estudo. Outubro passa a correr e de repente, chegamos a Novembro. Entre o dia do meu exame, que foi a 17 e o início do mês saí uma vez de casa. No dia do exame estava, como podem imaginar, uma pilha de nervos. Fiz o exame com a máxima atenção (eu sou daquelas que às vezes não lê as coisas diretos) e agora espero que todo o meu trabalho seja compensado. Eu sei mais ou menos a nota que tive (e espero bem ter passado tudo direitnho para a folha de respostas), mas certezas, só em Fevereiro/Março quando sair a pauta final. Até lá, há férias para aproveitar e depois, em Janeiro, começa um novo ano, aquele que dizem ser o melhor ano de todos, o Ano Comum. Promenores sobre esse assunto fica para outro dia.
Agora, vou atualizar isto tudo, ler e comentar alguns blogues que costumava seguir e lentamente voltar à rotina pré-época de preparação do Harrison.

Até à próxima
xoxo


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