Budapeste - Cruzeiro pelo Danúbio (ou o dia do dilúvio)

maio 10, 2016

Bom dia, alegria!
Então, já tinham saudades da série de Budapeste? Achavam que já tinha acabado? Ah, pois não! Ainda nem vamos a meio, eheh

Eu hoje venho falar da importância do casaco mais quente e do guarda-chuva para as férias de Verão. Porquê? Porque S.Pedro gosta de pregar partidas. Nos 30 dias que estive na Hungria, em 25 as temepraturas diárias ultrapassaram os 30 graus. Nos outros 5... não foi bem assim.. particularmente num dia, que é estes que vos venho relatar.
Primeiro - nunca ignorem as previsões meterológicas: se diz que vai chover, comprei um guarda-chuva nem que seja um pequenino de 3€
Segundo - não fazam cruzeiros no rio em dias que vai chover a potes.
Terceiro - andem com um carregador portátil de telemóvel ou, ao menos, deixem o telemóvel com carga mínima. Poderão ter de utilizar google maps (ou outro tipo de GPS).


Posto isto, vou relatar o que aconteceu. Tudo se passou numa segunda-feira. No dia anterior, que regressámos de Éger, já se previa algumas alterações meterológicas, embora todos tivéssemos desvalorizado. Ainda assim, por precaução, depois do estágio passei no supermercado e comprei um guarda-chuva pequenino de 3€ (daqueles que se partem facilmente em caso de rajadas de vento). Nesse dia tinhamos planeado um passeio de cruzeiro pelo Danúbio, visto que o barco está incluído como meio de transporte nos passes.
E assim fomos. É um passeio muito agradável, consegue-se tirar fotos muito giras, já que nos dá uma perspetiva diferente sobre as duas margens da cidade. Vou deixar que as imagens falem por si.













Como devem estar a reparar, o céu estava coberto de algumas nuvens. Enquanto estávamos fora a tirar fotografias estava tudo bem. Há medida que nos fomos aproximando do Parlamento, o céu foi ficando cada vez mais carregado e escuro e a ameaça de tempestade estava eminente. Em boa altura fomos para o andar debaixo, coberto, porque começou a chover. A chover torrencialmente. Nisto eu e a malta portuguesa decidimos que não iamos sair na paragem prevista porque umas paragens mais à frente dariam acesso mais directo ao metro e assim evitariamos ficar todas molhadas. 

O que nós não estávamos à espera é que o capitão não parasse no local onde era suposto sairmos (juro que a certa altura pensávamos que estavamos a ser vítimas de rapto, o que seria parcialmente inconcebível visto que naquele barco se encontravam, para além de nós, umas 30 pessoas). Porque não parou? Porque a paragem dava acesso à ilha do festival Sziget e esta encontrava-se encerrada para limpezas. Nisto, o tempo cada vez ia piorando, se bem que estávamos no local mais apropriado caso houvesse inundações. A certa altura apercebemo-nos que o barco só ia parar na última paragem. Felizmente quando saímos não estava a chover, mas estávamos num sítio completamente desconhecido, demasiado chique, uma espécie de The Hamptons. Como um mal nunca vem só, o meu telemóvel estava praticamente sem bateria, mas antes de se desligar, permitiu-me procurar uma forma de voltar a casa. Por sorte, indicou-nos que haveria uma paragem perto e o autocarro, esse, já o conhecíamos. Lá chegamos à paragem com ajuda de uns italianos muito simpáticos e apanhámos o autocarro.
Já dentro do autocarro, a chuva recomeçou, mas desta vez, com uma intensidade que fazia lembrar o dia do juízo final, com trovoada à mistura. Da paragem até ao metro fizemos o sprint das nossas vidas e mesmo assim ficamos encharcadas. Poderia ter ficado pior, mas safou o bendito guarda-chuva.
E lá apanhámos o metro, descansadinhas a pensar que a aventura já tinha terminado. Não. Porque logo na paragem seguinte o metro parou a meio do túnel e a única coisa que se ouvia era o som da água a correr. Depois a senhora do altifalante do metro começou a falar e pelo meio percebemos que mencionou a nossa paragem metro onde supostamente iríamos sair. Perguntámos a uns húngaros o que se passava ao que eles nos disseram, a muito custo, "há alguams paragens encerradas, mas a vossa está a funcionar". E nós, na fé, acreditámos. Que ingénuas. Porque quando o metro chegou à nossa paragem, simplesmente não parou e seguiu caminho. Então fizemos aquela figura e aquela face de choque, de pé, a ver a carruagem lentamente a passar sem parar. Felizmente a paragem seguinte era perto da residênciae e estava operacional.

E assim terminou esta aventura, rimo-nos imenso e depois ficámos todos no convívio até altas horas. Viemos a descobrir que naquela hora em que estávamos no autocarro e, posteriormente, no metro chovem tanto como chove num mês inteiro e que a nossa estação de metro inundou 


E espero que tirem várias lições desta história. Ainda vem mais aí, prometo.
Até à próxima
xoxo

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1 comentários

  1. Beeem, que odisseia! Eu odeio apanhar chuva quando viajo... acho que me teria passado =P

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